Confira quais são os desafios e ameaças específicos enfrentados pelo setor financeiro em relação à cibersegurança
A estrutura bancária brasileira se destaca globalmente, representando uma das maiores do mundo. No decorrer de 2022, registrou um impressionante volume de 163,3 bilhões de transações. Os dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 indicam que aproximadamente 8 em cada 10 transações bancárias no país foram conduzidas por meio de canais digitais. Esta crescente preferência pela conveniência dos canais online destaca a significativa transformação digital no setor financeiro brasileiro.
Se a crescente digitalização do setor financeiro trouxe consigo inúmeras vantagens, facilitando transações e ampliando a acessibilidade aos serviços bancários, também trouxe desafios e ameaças relacionadas à cibersegurança.
No artigo, exploraremos em detalhes os riscos específicos enfrentados pelo mercado financeiro, destacando a necessidade urgente de estratégias robustas de proteção digital. Acompanhe para entender como a segurança cibernética se tornou uma prioridade incontornável para instituições financeiras em todo o mundo.
Importância da cibersegurança no mercado financeiro
A cibersegurança no mercado financeiro é indispensável, onde transações de bilhões de dólares ocorrem diariamente. A crescente digitalização transformou a maneira como conduzimos nossas atividades financeiras, proporcionando conveniência, eficiência e acesso global aos serviços bancários.
No entanto, essa evolução também intensificou os riscos associados à segurança digital, tornando a proteção contra ameaças cibernéticas uma prioridade incontestável. Abaixo estão alguns pontos que destacam a importância da cibersegurança no mercado financeiro:
1. Proteção de Ativos Financeiros:
– A segurança cibernética é vital para proteger os ativos financeiros, sejam eles dados dos clientes, transações, investimentos ou informações estratégicas das instituições financeiras. Isso ajuda a evitar perdas financeiras substanciais decorrentes de atividades fraudulentas, roubos de identidade ou acessos não autorizados.
2. Manutenção da Confiança do Cliente:
– A confiança é a base do relacionamento entre instituições financeiras e clientes. Incidentes de segurança podem abalar essa confiança, levando à perda de clientes e danos à reputação. Investir em segurança cibernética não apenas protege as informações do cliente, mas também mantém a integridade e confiabilidade percebida pela instituição.
3. Conformidade com Regulamentações:
– O setor financeiro está sujeito a regulamentações rigorosas que exigem padrões elevados de segurança de dados. A não conformidade pode resultar em penalidades substanciais. Implementar medidas de segurança cibernética adequadas garante que as instituições financeiras estejam em conformidade com as regulamentações em constante evolução.
4. Resposta Eficiente a Ameaças Emergentes:
– Com a rápida evolução das ameaças cibernéticas, a capacidade de responder eficientemente a incidentes torna-se crucial. Investir em tecnologias avançadas, monitoramento em tempo real e planos de resposta a incidentes permite que as instituições financeiras mitiguem rapidamente os danos e protejam proativamente contra ameaças futuras.
5. Sustentabilidade do Setor Financeiro:
– A continuidade dos serviços financeiros é essencial para a estabilidade econômica. Ataques cibernéticos podem interromper operações, causar pânico nos mercados e afetar a economia em grande escala. Portanto, a segurança cibernética é fundamental para garantir a sustentabilidade e resiliência do setor financeiro.
6. Inovação Segura:
– O mercado financeiro está constantemente inovando para atender às demandas crescentes. A segurança cibernética permite que as instituições financeiras adotem novas tecnologias, como inteligência artificial e blockchain, de maneira segura, garantindo que a inovação não comprometa a segurança dos dados.
A segurança cibernética é um alicerce essencial para a integridade, confiabilidade e continuidade do mercado financeiro. Investir em medidas robustas de proteção digital não é apenas uma necessidade operacional, mas também um imperativo estratégico para enfrentar os desafios em constante evolução do cenário cibernético.
Conheça os golpes mais comuns ligados ao mercado financeiro:
- Phishing:
- Golpistas enviam mensagens fraudulentas, muitas vezes por e-mail, fingindo ser de instituições financeiras legítimas. O objetivo é induzir usuários a divulgar informações pessoais, como senhas e números de cartão de crédito.
- Ransomware:
- Malware que criptografa os dados do usuário, exigindo o pagamento de um resgate para restaurar o acesso. Instituições financeiras são alvos frequentes, pois têm informações valiosas.
- Ataques de Engenharia Social:
- Os cibercriminosos manipulam as pessoas para obter informações confidenciais. Isso pode envolver a criação de perfis falsos em redes sociais ou ligações telefônicas enganosas.
- Skimming de Cartões:
- Dispositivos físicos são instalados em caixas eletrônicos ou terminais de pagamento para coletar dados de cartões, que são posteriormente usados para realizar transações fraudulentas.
- Man-in-the-Middle (MitM):
- Um atacante intercepta e potencialmente altera a comunicação entre duas partes. Isso pode ocorrer em transações online, permitindo o roubo de informações sensíveis.
- Trojan Bancário:
- Malware projetado para roubar informações bancárias diretamente do dispositivo do usuário. Geralmente, é disseminado por meio de downloads de software não confiáveis.
- Vishing (Phishing por Voz):
- Similar ao phishing, mas envolve chamadas telefônicas. Golpistas se passam por representantes de instituições financeiras para enganar as vítimas.
- Ataques a Aplicativos Móveis:
- Cibercriminosos exploram vulnerabilidades em aplicativos bancários móveis para acessar informações confidenciais dos usuários.
- Ataques de Força Bruta:
- Tentativas repetidas de adivinhar senhas até encontrar a correta. Pode ser direcionado a contas online e sistemas de pagamento.
- Malvertising:
- Anúncios online maliciosos que, quando clicados, redirecionam os usuários para sites fraudulentos ou instalam malware nos dispositivos.
Educar os usuários e implementar medidas de segurança robustas são essenciais para mitigar essas ameaças no setor financeiro.
Investimentos em cibersegurança
Um dos segmentos que está focado em investir em segurança de dados é o financeiro. As empresas têm como prioridade direcionar seu orçamento em segurança cibernética para infraestrutura, prevenção às ameaças cibernéticas, gestão de identidades e acesso e, ainda, na contratação de especialistas na área de segurança da informação.
Entre as áreas beneficiadas com investimentos, a de treinamento em segurança foi prioridade para as instituições bancárias e financeiras.
Eleve a cibersegurança no setor financeiro
Ao buscar fortalecer as defesas digitais, as empresas financeiras devem considerar a implementação de estratégias que vão além da conformidade com regulamentações. A educação contínua dos funcionários, englobando desde os níveis operacionais até a alta administração, é fundamental. Conscientizar sobre práticas seguras e os riscos associados é uma defesa essencial contra ataques de engenharia social.
Além disso, investir em tecnologias avançadas, como inteligência artificial e machine learning, pode proporcionar uma detecção mais eficaz de padrões de atividade suspeita, possibilitando respostas rápidas e precisas a potenciais ameaças. Implementar uma cultura de segurança cibernética que permeie toda a organização, incentivando a colaboração e a responsabilidade compartilhada, é crucial para fortalecer as defesas contra ataques cada vez mais sofisticados.
A parceria com especialistas em segurança cibernética, como uma consultoria de TI, e a participação ativa em comunidades de compartilhamento de informações são estratégias que podem enriquecer a visão da empresa sobre as ameaças atuais e futuras. Essas iniciativas colaborativas permitem uma adaptação ágil às mudanças no cenário de ameaças.
A segurança cibernética no setor financeiro não é apenas uma medida de conformidade, mas um investimento estratégico na sustentabilidade e na confiança do negócio.
Ao adotar uma mentalidade proativa, promover a cultura de segurança e abraçar as tecnologias emergentes, as empresas financeiras estarão melhor equipadas para enfrentar os desafios cibernéticos em constante evolução, protegendo não apenas seus ativos digitais, mas também a confiança essencial de seus clientes.
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