Como a transformação digital se propagou na pandemia?

Aumentando o desempenho e eficácia do negócio através da tecnologia, empresas passam a valorizar a transformação digital como item de sobrevivência no mercado.

Entre as lições que a pandemia nos trouxe estão a necessidade latente de automatização de processos, digitalização de arquivos e a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados.

A pesquisa “O Estado dos Sistemas de Contrato 2020”, encomendada pela DocuSign junto a Forrester Consulting mostra que a transformação digital ainda é uma realidade muito distante das empresas. O estudo global ouviu 954 tomadores de decisão do Brasil, EUA, Canadá, Reino Unidos, Alemanha, França, Austrália e Japão. A conclusão? As maiores prioridades das empresas são melhorar a experiência do cliente (79%), fortalecer a segurança e o compliance (79%), e aumentar a agilidade da empresa (71%), fatores essenciais que a transformação digital proporciona.

Independente do porte, elas enfrentam desafios gigantescos por sua sobrevivência. De acordo com o Consultor de Projetos e Processos da BTO, Renato Sona, o cenário é assustador: “Não é de se admirar que empresas investem em softwares, deixando para trás os GAPS, assumindo novas necessidades, mas é comum que a absorção dos novos processos que agregam às novas ferramentas ainda encontra grandes desafios. Ferramentas substituídas por ERPs que contemplam workflow de aprovações de documentos, muitas vezes se deparam com insistência da manipulação de papéis e isso não é raro”.

A lista de problemas decorrentes da falta da digitalização, por exemplo, é enorme, passando por retrabalho devido a erros causados por processos manuais (61%); trabalho duplicado, redigitando dados de contratos para sistemas (54%) e atraso no início dos projetos (43%).

Mas bons exemplos de eficiência também podem ser encontrados atuando em conformidade com várias leis como aqui no Brasil,  a Medida Provisória 2.200-2, Código Civil Brasileiro, Resoluções do Comitê Gestor do ICP e Instruções Normativas do ITI – Instituto Nacional de Tecnologia da Informação.

Aliás, um outro estudo global mostrou que 70% das empresas aumentam ou mantêm gastos com transformação digital em meio à pandemia. As empresas de tecnologia da informação e manufatura estão no topo das intenções de investimento. “Examinando indústrias específicas, fica claro que a indústria da construção, que historicamente é atrasada no que diz respeito à habilitação da tecnologia, está investindo pesadamente para acompanhar setores digitalmente mais maduros, como a manufatura”, revelou Antony Bourne, vice-presidente sênior da IFS Industries à CIO.

A modernização pode ser feita gradualmente, desde que conte com especialistas para planejar as ações. Como visto durante a quarentena, a necessidade das empresas em disponibilizar a possibilidade do trabalho remoto causou conflitos em relação à segurança da informação. Quem adiou a transformação digital, sentiu os efeitos.

O especialista da BTO indica a adoção de algumas normas e padrões que orientam as empresas a buscar maior segurança através de processos, além de trazer uma padronização na forma de atuação. “Isso aumenta o grau de maturidade das empresas com relação a processos de TI e segurança da informação e direcionam para atuar em conformidade com a LGPD que entrou em vigor em agosto de 2020, com as punições previstas somente a partir de agosto de 2021”, explica.

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